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Os Nativos e os Imigrantes digitais nas redes sociais


Os nativos “não têm dificuldades para lidar com os sites colaborativos e normalmente sentem-se à vontade nesses ambientes” (Coutinho & Farbiarz, p. 6) e a web 2.0 veio dar-lhes o poder de produzirem os seus próprios documentos e de publicá-los automaticamente na rede. Prensky (2001) defende que “eles funcionam melhor em rede”  (p. 2) e acrescenta que o facto se serem capazes de avaliar a informação permite-lhes selecionar mais rapidamente o que é relevante, enquanto os imigrantes queixam-se do volume excessivo de informação.

Os nativos têm uma vida online muito dinâmica, gostando de partilhar, obter, criar, encontrar e expressar a sua personalidade, enquanto os imigrantes tendem a ter uma vida online mais isolada.
Apesar de Prensky (2001) ter utilizado a idade para caracterizar os nativos como crianças/jovens e os imigrantes com os adultos, estudos posteriores revelatam que esta categoraização não deve ser reduzida apenas “a uma questão de idade, ou seja, considerando os nativos digitais os nascidos após 1994” (Souza, Correia, & Souza, 2013, p. 1). Acreditam que o autor não considerou “fatores como a vivência e convivência em rede” (idem, p.23), por exemplo, chamam à atenção que“a idade não é o único fator que apontará se um indivíduo frequenta ou não as redes sociais digitais”(idem). 

Mas Prensky (2001) também salienta que, apesar do os emigrantes digitais não terem nascido numa época digital acabam por adotar, pela convivência com os nativos, práticas de uso das tecnologias digitais. Desta forma conseguem utilizar os recursos das redes sociais, embora ainda de forma limitada, mas procuram aprender mais sobre estas tecnologias.

Na realidade, segundo o estudo realizado por Souza, Correia, & Souza (2013) os imigrantes possuem características como vivência/convivência, experiência/maturidade e navegabilidade/conectividade o que lhes pode dar algumas vantagens. E, conclui o autor, “pode-se encontrar um imigrante que se sai bem melhor na utilização das tecnologias e que possui uma maior vivência” (p. 23) nas redes sociais que um nativo.


  As gerações e as TIC  
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